Dermatoses Virais  

 

 

Herpes - O que você precisa saber sobre esse mal


O herpes é um dos problemas de pele causado por vírus e, justamente por isso, no momento de atividade da doença é altamente contagioso.

Basicamente existem dois tipos de herpes - o herpes simples tipo 1 e 2 e o herpes zoster. No primeiro caso, ou seja, o do tipo 1 e 2, a doença apresenta as mesmas características e o único diferencial é a área do corpo que atinge. No caso do herpes tipo 1, ele aparece principalmente na boca, mas pode também se localizar em qualquer outra região. Já no caso do herpes tipo 2 ele atinge somente a área genital, tanto podendo aparecer no homem, quanto na mulher.

É importante destacar que em se tratando de herpes tipo 1 e 2, a lesão configura-se como um grupo de vesículas - bolhinhas -, com uma base avermelhada, que provoca ardor e dor. Na fase final do surto surge uma casquinha, parecendo um machucado.

Outro fato que deve ser mencionado nesse tipo de herpes é que, normalmente, ele é precedido por uma estomatite - tipo 1 - ou vulvite - tipo 2, causando muito mal estar e apresentando um quadro doloroso para a pessoa.

Convém lembrar que com relação ao herpes tipo 1 e 2, o primeiro contato da pessoa com o vírus provoca uma grande inflamação. Quando essa primeira vez ocorre em criança, o herpes tipo 1 pode comprometer toda a parte interna da boca.

O mesmo pode acontecer no caso do herpes tipo 2 que, na sua primeira manifestação, pode causar uma grande inflamação tanto no homem (região perianal ou glande), como na mulher (grandes lábios, vulva ou região da vagina).

Outra característica desse tipo de herpes é que, após a primeira vez, ele pode voltar a se manifestar, principalmente se a pessoa estiver com baixa resistência.

Contudo, o alento para as pessoas que venham a contrair o herpes simples - é que, ao surgir e por se tratar de um vírus, ele terá um tempo de permanência no organismo e mesmo, se a pessoa não fizer nenhum tratamento, no período de 7 a 10 dias, no máximo, já estará curada, sem nenhuma seqüela do surto.


Herpes Zoster: a grande preocupação


O herpes zoster é o popular cobreiro causado pelo mesmo vírus responsável pela catapora (varicela). Os adultos que já tiveram catapora e foram contaminados pelo vírus varicela zoster poderão apresentar o quadro do herpes zoster.


Trata-se de uma doença de pele caracterizada por vesículas que acometem o trajeto de um nervo, atingindo grande extensão, com vermelhidão em sua base. Esse tipo de herpes causa muita dor e é mais intenso que o outro.

A grande preocupação com relação ao seu aparecimento é que o herpes zoster pode ser o primeiro sinal de doenças mais graves como: câncer, AIDS e diabetes.

Quando a pessoa é acometida por um herpes zoster, cabe ao médico investigar profundamente o caso para checar se não se trata de uma doença mais grave. O único consolo com relação a esse tipo de doença é que ela não apresenta reincidência, e só ocorre uma vez.


Herpes x cura


Com relação à cura, conforme já mencionado, o herpes tipo 1 e 2, pode ficar encubado no organismo, após a pessoa ter sido infectada uma primeira vez. Ou seja, ele pode voltar a se manifestar a qualquer momento, desde que a pessoa esteja debilitada. Portanto, embora o surto tenha um tempo de permanência no organismo, até os dias de hoje, não há cura definitiva.
E, mesmo sem cura definitiva é possível que algumas pessoas possam vir a manifestar a doença uma única vez na vida. Ou seja, trata-se de uma questão individual, e mesmo aqueles que só tiveram um surto de herpes tipo 1 e 2, não estão isentos de desenvolverem a doença novamente.

Então o que deve ser controlado é a queda de resistência da pessoa, para que não haja recidivas. Por exemplo, para evitar o herpes labial a pessoa deverá evitar o sol excessivo e usar um protetor solar nos lábios para protegê-los. No caso de uma gripe forte, quando normalmente o organismo já está debilitado, a pessoa deve se cuidar bastante e evitar fatores como o estresse.

E, como medida geral existe um aminoácido chamado lisina, que pode ser usado em doses altas para prevenir o aparecimento das recidivas. Esse aminoácido impediria, em algum momento, uma fase do metabolismo do vírus.

Existem também vacinas, que não são consideradas a melhor terapêutica, e a prescrição de cremes para uso local. Na verdade, não existe ainda um creme específico para o herpes tipo 1 e 2, mas temos informação que ele já esta em desenvolvimento. Trata-se de uma droga denominada resiquimod, do grupo dos imuno-moduladores que, ao invés de atacar o vírus, fará com que a pessoa fique mais resistente a ele, ou seja, o seu mecanismo imunológico irá defendê-lo de novos surtos.

Trata-se de um caminho promissor para solucionar esse problema, cujo estudo clínico está na fase III. Acredita-se que daqui há três anos o produto farmacêutico, para tratar esse tipo de herpes, já esteja disponível no mercado.

Há ainda a possibilidade de diminuir as recidivas com determinados tipos de laser que ajudam na cicatrização e diminuem o tempo de duração do surto.

Mas, vale ressaltar que todos esses tratamentos não eliminam o vírus mas, sim, fazem com que melhore uma situação local com a redução do tempo de inflamação.

Contudo, voltando a falar do herpes zoster (que ocorre apenas uma vez na vida), vale o alerta de que a pessoa ao contraí-lo deverá, imediatamente, procurar ajuda médica. Trata-se de uma doença bastante grave e pode estar relacionada a outros problemas mais sérios.

O tratamento para esse tipo de herpes é feito à base de anti-virais potentes, por via oral, e além disso há utilização de antibióticos locais para aliviar os sintomas mais rapidamente.

 

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