Botox é usado no combate à transpiração excessiva  

 

 

Boa notícia para quem enfrenta o constrangimento cotidiano de suar em bicas, encharcar roupas e oferecer apertos de mãos pegajosos. Injeções de Botox, o mesmo produto que enche os consultórios de senhores e senhoras desejosos de alisar as rugas de expressão, também servem para controlar a hiperhidrose, secreção excessiva de suor - problema até então basicamente tratado com fórmulas antitranspirantes ou, em casos extremos, cirurgias. Aplicadas nas axilas, palmas das mãos ou plantas dos pés, as picadas de Botox diminuem drasticamente a transpiração nessas áreas. " A técnica reduz em 80% a produção de suor, chegando a um ponto em que não incomoda", explica a dermatologista . Desvantagem: não é permanente. Da mesma forma que nas aplicações anti-rugas, a ação do Botox contra a transpiração dura cerca de seis meses. A eficácia nos casos de excesso de transpiração é mais um benefício do surpreendente Botox, substância extraída da mesma bactéria que provoca o mortal botulismo. Agindo livremente, a doença para os músculos e causa morte por asfixia. Controlado em doses mínimas do Botox, o mesmo efeito paralisador, no rosto, alisa vincos na testa e pés-de-galinha; nas axilas, mãos e pés, inibe a liberação da substância que estimula as glândulas sudoríparas, a fábrica de suor do corpo humano. A novidade foi um enorme alívio para o administrador de empresas Marcos Reis Longhi, 41 anos, vítima de transpiração excessiva nas mãos. "Elas pingavam tanto que, no escritório, eu tinha uma toalhinha sempre por perto", conta. "Se ficava nervoso, era pior". Há seis meses, Longhi tomou as primeiras injeções de Botox. Agora, esta repetindo o tratamento. Combater o suor excessivo com Botox. Agora, está repetindo o tratamento. Combater o suor excessivo com Botox custa de 700 a 1000 reais a sessão de picadas. "É caro, mas menos arriscado e muito mais simples e rápido que uma cirurgia", avalia a dermatologista Valeria Petri. "O único senão é que ainda se sabe pouco sobre a melhor forma de aplicação", pondera outro especialista, Mauro Enokihara. "Nas mãos, pro exemplo, dói um pouco", avisa.

 

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