Fotoproteção  

 

Proteger a pele da agressão solar continua sendo um grande desafio para os dermatologistas. O fotoprotetor ideal, em relação ao princípio ativo, veículo, grau de proteção ainda é um sonho distante. Há alguns anos a importância da radiação ultravioleta concentrava-se no conhecimento do comprimento de onda B e hoje cada vez mais se conhece o potencial agressivo e provocador do comprimento de onda A. No simpósio sobre fotoproteção, foi discutida a importância cada vez maior desta radiação que está envolvido com fotoenvelhecimento, lucites, melanoma, entre outros. Doenças como a erupção polimorfa a luz é provocada especificamente pela radiação UVA. Além disso, ela também causa melanoma em determinadas espécies de peixe.

A luz ultravioleta A também é predominantemente responsável pelo hydroa vacciniforme, porfíria, dermatite crônica actínica e fotosensibilidade a luz. Outrossim, cada vez mais, a luz ultravioleta A vem sendo implicada na gênese do câncer de pele induzindo mutação do DNA e acúmulo de p53. Além disso, há muito é conhecida a responsabilidade da luz UVA no envelhecimento atingindo vasos e fibras e causando flacidez, perda de elasticidade rugas. Por fim, o comprimento de onda A também responsável pela imunossupressão da pele. a padronização do fator de proteção solar em relação a UVA passa por métodos como: medida do escurecimento imediato, medida do escurecimento persistente e também a espectroscopia por reflectância que parece ser a ideal.

Algumas substâncias são específicas para proteger a pele da radiação UVA:

- Tinasorb M ( methylene bis-benzotriazolyl tetramethylbutyphenol)
- Benzaphenonas
- Mexoryl SX (derivado de cânfora)
- Avobenzona
- Filtros físicos (TiO2, O2Zn, O2Fe)

A avobenzona ou Parsal é o único agente que protege especificamente em relação ao comprimento de onda longa da radiação UVA. Esta substância é muito instável e dependendo da formulação, desestabiliza com a própria luz solar. O mexoryl e as benzofenonas protegem em relação ao comprimento de onda médio da radiação UVA.

Dos filtros físicos o melhor protetor é o óxido de ferro, muito pouco cosmético. O óxido de zinco é superior ao dióxido de titânio. Os filtros físicos, especialmente TiO2, provocam o aparecimento de radicais hidroxilas, e ânions superóxidos. A proteção conferida pelos mesmos, também é diretamente proporcional ao tamanho do partículo.

A dihidroxiacetona que é a substância ativa dos autobronzadores confere alguma proteção em relação a radiação UVA.

O mais importante é evitar excesso de sol, principalmente ao meio dia, até de usar roupas, chapéus e procurar a sombra.

Lembrar que a duração da proteção do filtro é relacionada ao número do protetor e sendo assim o filtro 10 protege por 2,6 horas e o fator 30 por 3,1 hora.
Deve ser usado nas crianças desde cedo. Trabalhos recentes comprovam que o número de nevos melanocíticos adquiridos é menor, se houver proteção em relação ao sol desde os primeiros anos de vida.

Lembrar que o filtro evita o eritema, mas não a imunossupressão.

Além da quantidade adequada também é importante a reaplicação do filtro que deve ser feita após vinte minutos e depois a cada duas horas.

A utilização do filtro solar não impede a ativação da vitamina D. Para uma pessoa adulta de pele clara são necessários 10 minutos de luz solar para este aproveitamento. As pessoas de pele escura precisam de uma quantidade maior. ( cerca de 20 minutos)



 

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