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O vitiligo caracteriza-se pelo aparecimento de manchas brancas (acrômicas) não contagiosas e sem causa determinada. Embora não comprometa os órgãos internos e não prejudique a saúde como um todo o vitiligo causa intensa reação emocional ao seu portador. O tratamento para esta dermatose é difícil e prolongado. Os medicamentos mais utilizados são os psoralenicos que estimulam a pigmentação. Estas substâncias quando ingeridas por via oral podem ser hepatotoxicas e quando usadas na pele favorecem queimaduras. Apesar destes efeitos colaterais os psoralenicos são muito usados para o tratamento do vitiligo, pois são efetivos para provocar pigmentação. Existe no momento, uma nova opção para estimular a formação de melanina com menos efeitos tóxicos. Trata-se do "kellin" 5-8 dimetoxi-2-metil-4-5 furo-6-7 cremona derivado de uma planta que pode ser usada por via sistêmica ou local. A grande vantagem desta substância é o potencial pigmentante sem agressão a pele. Sua aplicação tópica seguida de radiação ultra violeta A ou sol permite repigmentação rápida e eficaz sem fototoxicidade local. O tratamento local sempre foi uma opção interessante para a terapêutica em crianças pois evita o efeito sistêmico do remédio, mas até o momento, o tratamento tópico com os psoralenicos provocava cistos excessivos especialmente quando feito com o sol. O produto por via tópica se formula em gel hidroalcoolico ou emulsão a 1-2% até 4% e se aplica 30 minutos antes da exposição solar. Esta deve ser feita de 2-3x semana no mínimo por 2 meses. Cerca de 30 sessões ou exposições são necessárias para a melhora da mancha. Em relação ao uso tópico do Kellin não há efeitos adversos, a não ser quando usado de maneira inadequada. Quanto ao uso sistêmico deve-se monitorizar o fígado, mas a toxicidade é muito baixa quando comparada com os psoralenicos. Surge uma nova luz no fim do túnel,como tratamento único ou associado a outros o Kellin parece ser uma perspectiva interessante. |